Apesar dos preços relativamente baixos do bitcoin e da continuação do bear market, o hashrate da rede está quase sempre atingindo novos patamares. Ontem, 18 de julho, a taxa de hash do Bitcoin voltou para a alcançar 486,2640 EH/s, refazendo sua segunda máxima histórica e ficando atrás apenas dos 502,1343 EH/s presenciados também neste mês, mais especificamente no dia 8.

Na prática, isso demonstra uma rede extremamente saudável e segura, indicando que, apesar do mercado de baixa, os mineradores continuam investindo em poder computacional para processar as transações do Bitcoin, fortalecendo a rede contra ataques.

Além disso, relatórios datados de 16 de julho indicaram que a Securities and Exchange Commission (SEC) dos Estados Unidos poderia ter aceitado o pedido da BlackRock para um fundo negociado em bolsa (ETF) de Bitcoin à vista, o que seria um marco extremamente significativo para a história das criptomoedas que poderia impulsionar os preços dos ativos em caso de confirmação, permitindo que as instituições tenham exposição ao BTC.

Vale relembrar, por óbvio, que a BlackRock é a maior e mais influente gestora de ativos do mundo, com mais de US$ 9,4 trilhões sob gestão. A empresa entrou com pedido de seu primeiro spot Bitcoin ETF em junho, tendo recebido pedidos de alterações por parte do órgão regulador antes de um reenvio para ser aprovado. Em suma, o fato é que as aplicações dos ETF’s spot da Blackrock, Fidelity, Wisdomtree, VanEck e Invesco serão adicionadas ao registro federal amanhã (20) e podem ser formalmente aceitas em breve.

Outro fator de suma importância no contexto atual não só do BTC, mas das criptomoedas em geral, foi a vitória parcial da Ripple no processo contra a SEC, espécie de CVM norte-americana. Basicamente, a juíza responsável pelo caso, Analisa Torres, entendeu que as transações onde os compradores adquiriram XRP diretamente da Ripple, como arrecadação de capital e/ou vendas institucionais, configuram vendas de Contratos de Investimento Coletivo (CIC). Ou seja, valores mobiliários.

Por outro lado, no entanto, Analisa concluiu que as vendas programáticas, aquelas feitas para usuários por meio de exchanges, não satisfizeram o terceiro critério do Howey Test por não existir expectativa razoável de lucro! Ou seja, desde que as negociações tenham ocorrido nas exchanges via livro de ordens e não por ICO ou similares, o entendimento é de que não se tratam de um valor mobiliário, notícia que catapultou o preço de diversos criptoativos.

E por fim, mas não menos importante, ninguém menos do que Larry Fink tem afirmado que vê no bitcoin a possibilidade de digitalização do ouro, tendo mudado sua perspectiva crítica sobre o ativo e passado a defende-lo institucionalmente. Larry ainda vem afirmando que uma série de investidores globais tem lhe perguntado sobre a criptomoeda.

Para acrescentar, o candidato à presidência norte-americana, Robert F. Kennedy Jr, vem propondo eliminar tributos de ganho de capital sobre bitcoin, além de defender um plano ousado que prega apoiar 1% das T-Bills com bitcoin. O apoio e interesse institucional, portanto, podem alavancar os preços do ativo futuramente.

No entanto, no curto prazo, não é exatamente o que vemos ser refletido nos gráficos ao longo da última semana. Vamos à análise técnica do BTC!

 

Análise Técnica do Bitcoin

Dando sequência à queda dos quatro dias anteriores, o bitcoin (BTC) terminou a quarta-feira em mais um dia de baixa, perdendo a importante marca de US$ 30.000 e alcançando seu pior patamar de julho após a divulgação dos últimos dados de vendas no varejo dos Estados Unidos.

O movimento de queda fez com que o BTC rompesse para baixo o canal no qual se encontrava, e o pouco sinal de impulso ascendente e um índice de força relativa (RSI) em declínio ofereceram pouca esperança para aqueles que buscam um retorno aos máximos do canal. Agora, a base do canal que foi perdido conflui com a região 0.236 de Fibo, sendo a primeira resistência de destaque.

Em suma, portanto, além do rompimento do padrão gráfico do canal de alta, que tende a romper para baixo, vale mencionar que o gráfico diário vinha demonstrando uma série de enormes divergências “bearish” que não foram invalidadas, o que sustenta ainda mais a queda presenciada e tende a empurrar o RSI ainda mais para baixo.

Hoje, no entanto, os touros tentam se segurar com alguma timidez, sustentados principalmente pelo suporte na marca de 50,00 do Índice de Força Relativa (RSI) que coincide com as máximas formadas no final de abril e início de maio. Caso o ativo não consiga sustentar o atual patamar, perdendo a mínima mais alta no semanal (US$ 29.500), no entanto, a leitura principal é de uma maior probabilidade de ir testar primeiramente a região dos ~US$ 29.240 a US$ 29.132, suporte formado também no tempo gráfico semanal e que é reforçado pela região 0.382 de Fibonacci.

Vale mencionar que o supracitado patamar dos US$ 29.500 também é a base de um canal formado no tempo gráfico de 4 horas, como podemos ver na imagem abaixo. Caso esse preço também não se sustente, portanto, a região dos US$ 28.300 pode ser o próximo alvo (suporte antigo e região 0.5 de Fibo no diário).